Não preciso nem dizer que eu não dormi a noite né? É óbvio, sou a ansiedade em pessoa. Sempre que vai acontecer algo importante pra mim, o sono vai embora. Depois de dias de chuva, o tempo amanheceu lindo no RJ. Especialmente para esse dia tãooo imensamente aguardado. E meu marido ainda saiu pra trabalhar, como consegue?
Eu estava um pilha, conferindo e reconferindo o check list mil vezes. Chamei minha super mãe para estar aqui comigo esse dia. Hoje, a empregada já estava de férias, fiquei com medo de me enrolar com as meninas e tudo. Que nada, o dia transcorreu super bem. Fora um esporro básico da manicure que quase não tinha unha pra lixar(sim, eu roí tudo até o talo, uma a uma..rsrs)
Comi um franguinho de padaria com farofinha e batatinhas calabresas no almoço, comi não, belisquei. A ansiedade era tamanha que não consegui comer o dia todo. Durante a viagem, esse franguinho seria lembrado com saudades inúmeras vezes. Rsrs.
Confere tudo, se arruma, arruma as crianças, marido a caminho, ok. Deixei meus pais na rodoviária e voltei pra casa.
Eu começava a acreditar de verdade naquilo que estava acontecendo. Porque até então tudo parecia mto abstrato. Eu sempre imaginava q alguma coisa ia acontecer e eu não poderia ir. Tive até pesadelos nesse sentido.
Meu super sogro chegou. Quando meu interfone tocou ele, brincalhão que só, disse: “ O táxi pro aeroporto chegou!” Senti um arrepio tão forte… meu sogro e minha sogra, fofos, gentilmente nos levaram até o aeroporto. Ficaram lá conosco até embarcarmos. Uma alegria imensa, uma emoção gostosa, tranca as portas, fecha as janelas, tira os aparelhos da tomada e vamo que vamo…
Eu iria levar 3 malas grandes e o carrinho das meninas, já q pretendia comprar um carrinho de gêmeas lá, mas só no 3º dia, que seria o dia que saíriamos da Disney pro nosso dia de compras. Então o carrinho(q não conta como bagagem) nos ajudaria nesses primeiros 2 dias. Mas resolvemos deixar uma mala e o carrinho, senão minha sogra não poderia ir conosco até o aeroporto por falta de espaço no carro. E queríamos q ela fosse. Mas deu tdo certo e até q nem fez tanta falta assim…
Chegamos no aeroporto e fomos fazer o check in. Na hora do check in a moça pede o ticket da Nina. Pensamos: “como assim?” Ela não paga e no voucher do Nando constava ela como estando no colo dele. A moça explicou q sim, estava certo, mas q tínhamos q ter um tícket, tipo bilhete de cinema (rsrs) pra ela. Mostramos tudo q imprimimos da internet qdo fechamos o pacote e não era nada daquilo.
Enquanto nos atendia, ela explicava a um novato o trabalho, ela disse a ele:
“Então, tá vendo? Sem esse voucher não é permitido o embarque.”
TREMI…
Mas daí ela vira logo pra gente e diz: “Vai até ali no guichê da companhia (Delta Airlines) e leva seu papel q ele vão emitir o voucher”
UFA…
Fui rapidamente atendida e um minutinho depois o check in tava ok. Malas despachadas… meu Deus agora era pra valer!!!
Foi aí que consegui relaxar, nisso a fome do dia todo bateu pra valer. Fomos na praça de alimentação, lanchamos. Como é cara comida em aeroporto! Credo, a fome até meio que passou…rsrsrs.
Fiquei andando com as meninas pra lá e pra cá… até dar a hora do embarque. Na hora do embarque, fomos pro portão de entrada, lembrei q tinha ainda uma maçã e uma pera na mochila, tive que jogar no lixo(não é permitida a entrada de alimentos perecíveis), esvaziei um pouco a mamadeira das crianças (não pode entrar objetos com mais de 100ml), nos despedimos dos meus sogros muito emocionados e entramos. Passamos pelo raio-x. Mostramos os documentos das pequenas. Agora é só esperar na sala de embarque.
Esquecemos de comprar livro de pintar pra Malú. Daí como lá tinha uma banca fui comprar. Putz, 60 reais um livro de pintar com canetinhas. É ruim heim! rsrs. Demos uma passeada no Duty Free e o dedo já coçou. Lembrei da Michelle Guerra quando vi um óculos Dior, legítimo(como ela gosta de dizer) lá dando bobeira por alguns cento e pouco dólares. Pensei se ela não gostaria de um, já q o dela foi roubado. Mas como não tínhamos conversado sobre isso não trouxe. Procurei um perfume q uma maiga queria, achei mas deixei pra comprar na volta, porque o q se compra na volta não entra na cota. Se comprar na ida entra. Putz, na volta esqueci. Era tanta tralha q nem passamos no Duty Free.
Bem, embarcamos e as meninas ficaram sentadinhas no banco entre a gente.Pintando, brincando. Meu medo era o ouvido delas na hora da decolagem. Malú estava eufórica por essa hora. Compramos uma balinha pra ela mastigar na decolagem. Mas a Nina ainda não mastiga bala, não mama mais no peito e não aceita mamadeira se não estiver com fome. Fiquei preocupada com ela. Mas deu tudo certo, fora os gritos da Malú de : Uhuuu, vamos decolar! Para o alto e avante! Vou voar alto no céu! Mickey Mouse aí vou eu! Rsrsrs.
Avião no céu, estávamos a caminho… as “aerosênior” (porque de moça elas não tinham nada) logo começaram a servir a janta. Pela internet, Nando tinha feito pedido de comida especial: uma para bebê e outra para criança. Para os adultos as opções eram: ou massa vegetariana, ou frango. Ambos “davam” pra comer mas comida de avião né? Afff. A comida da Nina eram papinhas (Nestlé) frutas, biscoitos e água. A da Malú era a mais gostosa: bife cortadinho aroz e batata corada. Como ela não quiz, eu comi a dela. Tenho paladar muito infantil. Rs.
Não foram fáceis as horas de vôo, não pela Malú q deu sono, deitou e só acordou em Atlanta. Mas pela Nina q simplesmente não dormiu direito. Eu e Nando não dormimos nada. Ainda por cima tive que ficar levantando toda hora, pois ela ameaçava chorar e só parava qdo eu levantava. Mas pelo menos além da cansada, não fiquei envergonhada, pois ela não importunou ninguém, além de seus pais. Rs.
Ainda bem q levei várias mudas de roupa, não sei porque a fralda da Nina vazou 3 vezes na mesma noite!? Teria alguma explicação científica para tal fenômeno? Rs.
Ok, estávamos indo para Disney, tudo é festa!!! :)
Sol nascendo, crianças com preguiça, tomamos café-da-manhã do avião(aí a saudade do Brasil já aperta, ôh coisa ruim.. rs)
Desembarcamos no aeroporto de Atlanta, para pegarmos a conexão para Orlando. Fomos para fila da imigração(enorme) ficamos por lá, presumo, quase 1 hora. Enquanto Nando ficava na fila, as meninas corriam pelo sagão e eu sentada, observava tudo. Estava em terras estrangeiras pela primeira vez. Hihihi.
De repente, avistei duas faxineiras que se aproximaram e pararam perto de mim conversando. Eram senhoras(idosas mesmo), negras, conversando qq coisa q eu não entendia. “Mim índio.” Mas eu dava gargalhadas(tive q abaixar a cabeça e me controlar pra não dar na “pinta”). Sei lá… sabe aqueles negros com aquele estilo meio de quem ouve “rap” de falar, q ficam gesticulando com a mão, mudando a voz, tipo malandro do gueto? Kkkk as senhorinhas falavam (ou cantavam rsrs) assim. Achei hilário!!! Como eu sou BOBA!!! Boba, boba, boba… eu acho graça em cada coisa…
Lá na fila do aeroporto mesmo já pude perceber que não teria a molezinha q temos aqui: “Gestantes, mulheres com crinaças de colo”, fila prioritária. Nananinanão. Ficamos lá, as voltas com as meninas q não paravam quietas, como todos os outros reles mortais da fila.
Nando nervoso, treinando pra valer o inglês de cursinho(rsrs mas até q ele se saiu mto bem), passamos pelo agente da TSA e fomos pro saguão aguardar o vôo para Orlando. Malú logo fez uma amizade. E por incrível que pareça, ainda iríamos encontrar a menininha algumas vezes…
Hora de embarcar novamente. Tira bolsa, o sapato e até a meia, para passar no RX do aeroporto. Até a Nina teve q tirar tudo. E cheguei eu, com meu marido de família árabe, em pleno 11 de setembro. Rsrs, mas deu tudo certo! Dessa vez, a grande expectativa da Malú era ver o céu. Já que na ida, além de estar de noite, havíamos sentado na fileira do meio, para não atrapalhar ninguém, caso, precisássemos levantar. O avião até Atlanta era assim: três fileiras. Duas poltronas nas fileiras laterais e três na fileira do meio. Foi uma boa escolha.
Nesse, nossa poltona era na lateral mesmo, até porque não existem fileiras no meio. Vôo nacional, aviões menores, como no Brasil. Apertamos os cintos ( a essa altura Malú já fazia isso sozinha, colocava seu próprio cinto e ajustava) e lá fomos nós. Malú nem piscava, só para não perder um minuto daquela emoção. O avião deve ter sido o “brinquedo” mais radical da viagem dela. Rsrsrs. Ela ficou maravilhada ao perceber, que agora, era ela que estava dentro de um avião, que tantas vezes ela ficava observando da varanda de casa e dizia:
“Olha mamãe, o avião que vai me levar pra casa do Mickey!”
Ela ficou maravilhada em ver, as casas, os carros, as lagoas, em ver a nuvem de pertinho.
“Mãe, as nuvens são branquinhas e fofinhas né? Estou mais alta que elas! Uhuu!!!”
E eu ficava ali pensando, quantas experiências mais, tão fascinantes, minha filha ainda viveria. E como as pessoas q não viajam com crianças, perdem com isso. Deixam de presenciar a emoção de ver o mundo pela primeira vez pelos olhos de uma criança, as descobertas da inocência, dos detalhes… mas por outro lado, tb iria entender em pouco tempo porque essas pessoas fazem essa opção. Não é fácil mesmo viajar com pequenos, no início quiz surtar, mas logo depois as coisas começaram a dar certo e o saldo final foi super positivo. Cansativo mas muito positivo. Explico depois com calma… hoje, não julgo quem leva ou quem deixa. Há várias maneiras de ser feliz. Há várias maneiras de se fazer a coisa certa. E certo e errado são coisas absolutamente relativas em determinadas questões. Existem coisas que são muito pessoais. É como discutir o sexo dos anjos…
E se eu, não canso de babar e pensar na grandeza e na perfeição de Deus toda vez que vejo as imagens da Terra da janela de um avião. O que será que estava pensando e sentindo essa menininha de quase 3 anos?
CONTINUA…
Que delícia te ler, parece novela, mas muito mais gostoso...
ResponderExcluirparece um sonho... mas muito mais real.... bjs
ai, amiga, a foto da malú já diz tudo! essa viagem vai ficar pra sempre na memória de vcs!
ResponderExcluiressa ansiedade p´re-viagem é suuuuper frequente aqui em casa! hahahaha sempre fico agitadíssima!
Seja pra fora do Brasil seja pro NE! hahahaha
Basta sair da rotina q eu já fico pilhadérrima de ansiedade!
agora vcs vão começar a "colecionar carimbo" no passaporte! É a melhor coleão que a gente pode fazer! rsss
beijocas,
Marina
Má, acompanhei sua contagem regressiva e agora acompanho seus relatos emocionantes. Parabéns !!! O blog está demais e suas filhas são lindas. Que Deus os abençõe ricamente ! Beijos ... Joice Ferreira
ResponderExcluirAmando cada detalhe, viagem é sempre bom!
ResponderExcluirmuito bom os relatos, estou adorando e me identificando demais com tudo afinal viagei com a juju tb rsrsr
ResponderExcluirMa,
ResponderExcluirto adorando seus relatos!
Adoro a riqueza de detalhes com que vc escreve!
Que emoção ela (e vc tb!) deve ter sentido. As fotos estão lindas!
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