segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Magic Kingdom – parte 9

Saindo da Adventureland, fomos caminhando em direção a Frontierland. Lá é uma parte do parque estilo Velho Oeste. É onde tem, entre outras coisas, a Big Thunder Mountain e a Splash Mountain. Nesses dois brinquedos a fila ultrapassava a marca de 50 minutos de espera. Mas como ir com bebê tem as suas vantagens, entramos e saímos direto de todos eles.

A Splash Mountain é bem legal, a montanha não é “forte” o tempo todo, mas tem seus sustinhos e suas quedas. A queda final no grande lago é uma delícia. Fora que, naquele calor, uma aguinha é mto bem-vinda! Muito gostosinha, cheia de animaiszinhos animatrônicos, que cantam e encantam. O grande barato desses dois brinquedos é prestar atenção nos mínimos detalhes de tudo. Até o caminho da fila de espera é gostoso. No meu carrinho, umas meninas gêmeas de uns 5,6 anos e eu imaginando o dia de voltar e poder ir com as meninas nessa idade.

A Big Thunder é como se fosse um carrinho de mina de carvão, passeando pelas minas e montanhas, tão rapidinha, tão gostosa. As musiquinhas ficam de uma maneira muito boa na cabeça.

Uma coisa gostosa da Disney, é que o local de espera da fila é uma atração a parte. Desde do Cast Member que te recepciona, até o percurso para chegar no brinquedo, você é cuidadosamente transportado para o tema da atração nos seus mínimos e ricos detalhes. Tem brinquedo que é emocionante. Outros são impactantes. Em outros, você realmente se sente como o tema do brinquedo, seja um astronauta, seja um cowboy… vc se sente aquilo!

Na Frontierland, tem uma pequena área com piso emborrachado para criançada menor brincar, enquanto os maiores se divertem. Era lá que eu e Nando nos revesávamos. Enquanto nos divertíamos, Malú e Nina tb brincavam pra valer. Nesse início da viagem, Malú ficou bastante aborrecida. Acho que frustrada, seria a melhor palavra. Ela, q é muito extrovertida, comunicativa e faz amigos facilmente, ficou irritada pois, tentava  sem sucesso, aproximação com as outras crianças americanas.

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Na verdade, não é que as crianças fosses “antipáticas” mas como elas não entendiam o que a Malú falava, elas não reagiam, se cansavam e viravam as costas. Malú ficava cada vez mais aborrecida. Chegou a dizer: “Ah mamãe, essas crianças “é” chatas.” Foi aí, que resolvi intervir. Afinal, não é possível que o inglês que aprendi na escola, não desse para conversar com crianças de 3, 4, 5 anos né?

 

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Deu certo. Comecei perguntando o nome e assim, meio de intérprete, as crianças foram se chegando na Malú e logo a brincadeira estava formada. Era pique-pega, era brincar de correr, escorrega. Na cabecinha da Malú, ela começou realmente a entender o que era falar um língua diferente. E COMO elas aprendem rápido. Malú a todo instante me perguntava: “E agora mamãe eu falo o quê?” E não demorou muito para ela aprender com os amiguinhos americanos, muitas palavras e expressões. Sem que eu ensinasse, Malú já se virava com coisas do tipo: “hi friend” “Let’s play”  “Thank you”, errado ou certo, elas estavam se entendendo. Criança é um bicho universal. Malú, como já lhe é nato, liderava as brincadeiras com frases do tipo: “one, two, three… go, go, run, run”. Eu gargalhava e lembrava daquele filme do Forrest Gump: “Run Forest, run.”

Em dado momento, eu me toquei da experiência maravilhosa que minha filha vivia mais uma vez. De repente, já “apresentados” no grupo de 7 crianças mais ou menos, haviam brasileiras, espanhóis, americanas, italianas e francesas. Nós as mães, observando aquela mistura cultural e do jeito delas, seja em que língua fosse, elas estavam tentando se entender. Ali, eu parei por quase uma hora com muito prazer. Malú e Nina se divertiram à beça. E eu tinha a sensação deliciosa de proporcionar a elas, de acordo com sua idade e sua capacidade de entendimento, uma experiência única para uma menininha de 3 anos. Como foi gostoso, observar aquilo tudo.

Em algum momento, algo muito interessante ocorreu. Uma mãe deu um biscoito e água para seus dois filhos (italianos) e ofereceu pro resto da galerinha toda. Quando todos estavam com seus biscoitos, uma das crianças americanas disse: “cookie” e levantou o biscoito. Malú acho que entendeu e disse: “biscoito” e assim, todas as crianças, uma por uma, disseram como se falava biscoito na sua língua. A espanhola, a italiana, a francesa. Ao final gargalharam e saíram correndo para brincar de pular a janela e descer no escorrega. Ali, eu percebi que minha filha é muito mais do que a nossa casa, ou a minha proteção, minha filha é “do mundo”…

São tantos detalhes, tão ricos de cultura, de experiência, de alegria, e emoção que tenho a impressão que esse diário de bordo não vai acabar nunca. Me disseram na volta: “Ah, isso não tem preço né?” Tem(eu não canso de dizer), tem sim, um precinho bem salgado, mas VALE, vale CADA centavinho… E já tô louca pra voltar. :)

 

OBS: Lembram do meu marido, que foi a Disney por nossa causa? Pois é, agora ele olha as fotos e suspira. Me manda torpedos no meio do dia assim: “Quero ir morar na casa do Toy Story”(bloco do All Star Movies onde ficamos hospedados). Diz coisas do tipo: “Quero voltar em Orlando. Como é bom você desligar sua cabeça e viver alguns dias no mundo da fantasia.”

E Orlando é isso mesmo, acho que tem esse diferencial de outras partes do mundo. Por ser tudo baseado em histórias, imaginação e fantasia, é mais que uma viagem a um lugar qualquer do planeta. É você apertar o “off” para realidade e efetivamente “sair” da vida real. Meu marido é durão, sério, mas se rendeu aquele lugar onde não existem precoupações, onde não existe realidade, nem contas(só até a fatura do cartão chegar na volta, rsrsrs). É como Alice no País das Maravilhas. É, hoje sabemos exatamente como Alice se sentiu…

Um comentário:

  1. Nossa, meus olhos encheram de lágrimas com a história das crianças se comunicando. Acho lindo como a lingua nao é uma barreira para elas brincarem e interagirem.

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